O motivo para a advertência foi uma aproximação "perigosa" e a falta de respostas via rádio. O incidente não produziu vítimas ou danos.
Os representantes do IRGC consideraram o fato como "uma provocação" e "falta de profissionalismo", destacando que o navio persa prosseguiu sua missão sem reagir.
Por sua vez, um coronel do IRGC, que preferiu manter o anonimato, analisou as possibilidades de escalada de um conflito deste tipo para um confronto bélico direto.
"O que fazem os americanos é pouco profissional. São provocações propagandísticas destinadas a obter alguma base jurídica para empregar a força militar contra 'o país que, supostamente, prejudica a estabilidade na região'. Além disso, serve como justificação das sanções recém-aprovadas", disse o interlocutor da Sputnik Persa.
Quanto à possibilidade de um conflito, o coronel do IRGC duvidou que o Pentágono pudesse "submeter ao caos toda a região com uma invasão do Irã", tendo em conta a extrema importância do golfo Pérsico para a economia mundial como "artéria do petróleo".
Ali Reza Rezakhah, cientista político iraniano, também não acredita na possibilidade de um conflito real.
"Há que tomar em consideração a política doméstica dos EUA. O presidente Trump está sob pressão por supostos 'laços com a Rússia' até ao ponto de alguns senadores questionarem sua legitimidade", enfatizou o especialista.
O crescimento das tensões internas provoca mais agressividade na política externa da Casa Branca, destaca Ali Reza Rezakhah, acrescentado que o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica tem todo o direito de proteger suas fronteiras, incluindo as marítimas.
O poderio militar do Irã é suficiente para conter os EUA: "Não serão capazes de esmagar Teerã com uma invasão, já que as baixas para o Pentágono seriam inaceitáveis, concluiu Rezakhah.