A edição Novaya Gazeta escreve, citando o Wall Street Journal, que antes da cimeira principal o ministro do Petróleo da Arábia Saudita realizou um encontro com países que não diminuíram a extração como devia ser. A Nigéria e Líbia não foram obrigadas a fazer isto e, por isso, de algum modo compensaram a diminuição que efetuaram os outros países.
Os sauditas querem estabelecer um preço alto do petróleo, é essencial para eles, e por isso eles estão mesmo prontos para reduzir unilateralmente não só a produção, mas também a exportação de petróleo para 6,6 milhões de barris por dia.
O preço alto do petróleo é necessário para todos os participantes do acordo por vários motivos econômicos ou políticos. A economia russa não poderá sair da estagnação, e o regime de Nicolás Maduro na Venezuela depende das receitas do petróleo. Talvez por isso, os dois países foram os primeiros a apoiar a proposta da Arábia Saudita para estender o acordo para depois de março de 2018.
Um aumento brusco da produção de petróleo de xisto nos EUA foi um dos principais fatores que fez diminuir os preços do petróleo acentuadamente em 2014. Além disso, em 2015, os EUA sob a gestão de Barack Obama foram autorizados, pela primeira vez em 40 anos, a exportar petróleo.
Segundo as previsões da agência PIRA Energy Group, o aumento da produção de petróleo de xisto poderá transformar os EUA em um dos principais exportadores deste recurso no mundo.
Mas os americanos têm seu próprio interesse em preços elevados do petróleo. Apenas a um preço de cerca de $ 50 por barril a produção de petróleo de xisto se torna rentável.