Como eram alguns dos mais antigos e misteriosos seres vivos da Terra? (VÍDEO)

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Cientistas digitalizam os fósseis de um dos primeiros representantes da vida no planeta. Ainda não se sabe se eram animais, plantas ou outra categoria.

Cientistas da University College de Londres estudaram através de tomografia computadorizada um dos mais antigos e enigmáticos habitantes da Terra. Os especialistas digitalizaram os fósseis da espécie Rangea, que "viveu" há cerca de 600 milhões de anos, no período Ediacarano. Seus restos mortais são tão escassos e estão tão mal conservados que os pesquisadores ainda são sabem se eram plantas, animais ou uma forma de vida diferente.

Mesmo assim, os cientistas estão seguros de que se trata dos "primeiros organismos verdadeiramente grandes e multicelulares que se espalharam amplamente antes da evolução dos verdadeiros animais", afirma Alana Sharp, líder do estudo, citada pela revista New Scientist.

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Naquela época distante, os seres vivos multicelulares que habitavam a Terra não tinham desenvolvido membranas firmes, mesmo podendo atingir até dois metros de altura. Os que podem ser encontrados até hoje, foram conservados em forma de "selos". No entanto, dois fósseis de Rangea, encontrados na Namíbia, têm a forma tridimensional, que puderam ser digitalizados. São dois exemplares da espécie Rangea.

A Rangea crescia até cerca de dez centímetros e tinha uma forma semelhante às folhas de samambaias. "É a primeira olhada no interior desta espécie de Rangeomorfos" e graças a ela foi possível ver "a sua estrutura interna e o núcleo central", disse Sharp.

O aparelho mostrou que o Rangea tinha um canal em forma de cone no interior do seu tronco central, que provavelmente servia como uma espécie de esqueleto primitivo. Este lhe ajudava a manter a sua estrutura.

Do tronco central saíram seis folhas de forma simétrica, fazendo seu corte horizontal parecer o de uma laranja. Os pesquisadores acreditam que as seis copas se inflavam como balões para "alimentar-se". Aparentemente, as Rangeas se alimentavam absorvendo alimentos através de suas membranas e, ao se inflarem, aumentavam sua superfície para poder "comer" mais.

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