A localidade é o último grande bastião que os extremistas do grupo Daesh (proibido na Rússia e em outros países) ocupam na província de Homs e que se encontra entre Palmira e Deir ez-Zor.
Supõe-se que, após a libertação de Al-Sukhnah, as tropas sírias possam começar uma ofensiva em direção a Raqqa, onde poderão se reunir com outras tropas de Bashar Assad.
Caso o exército sírio atinja seu objetivo, poderá realizar o movimento de pinça mais ambicioso desde o início do conflito.
Graças a esta tática, as tropas sírias conseguiram anteriormente alguns êxitos, entre os quais a libertação de várias regiões de Aleppo. A manobra indicada começou a ser utilizada depois que a Rússia se envolveu no conflito sírio.
Agora, caso seja iniciada a operação, os terroristas entrincheirados em três províncias, Homs, Raqqa e Hama, serão simultaneamente cercados pelos soldados sírios.
Por sua parte, o especialista militar, Aleksandr Zhilin, entrevistado pela agência FAN, acredita que tomar a cidade sem ajuda da aviação russa será muito difícil para as forças sírias.
"Lembro que o balanço das forças atacantes face aos defensores é de um contra três, isto é, não é a favor das tropas sírias. É por isso que os soldados sírios enfrentam uma missão quase impossível de cumprir [sem ajuda da aviação russa]", sublinha.
"Os terroristas são apenas uma arma, uma ferramenta na guerra, por isso é complicado prever que ordem receberão de seus mestres. Ou seja, dos oficiais de empresas militares privadas subordinadas aos serviços de inteligência europeus e norte-americanos. Eles utilizam o terrorismo para que na Síria não haja paz, mas sim combates sem cessar", opinou.
Além disso, a operação de libertação de Al-Sukhnah pode ser dificultada por ações de diferentes grupos de sabotagem que cada vez mais frequentemente realizam ações na retaguarda das tropas sírias.
"As sabotagens se tornaram uma prática muito popular que está incluída no programa de preparação dos terroristas do Daesh. Desta maneira, pequenos grupos de três ou quatro terroristas procuram refúgio no deserto e depois efetuam atentados na retaguarda", comunicou o analista militar Anton Mardasov.