Venezuela foi suspensa do Mercosul em dezembro de 2016, por violação de compromissos econômicos e comerciais assumidos em 2012. Agora o país sofrerá sanções com base na cláusula democrática do bloco.
Os países aplicaram, de forma unânime, o protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, segundo o qual os membros do grupo devem respeitar a democracia.
"A plena vigência das instituições democráticas é essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os estados partes deste protocolo", dita o documento.
“É uma sanção grave de natureza política”, disse o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. “É um elemento a mais que nós estamos colocando para que a Venezuela possa, mediante a luta do seu povo, ter o direito de voltar a participar do Mercosul”, acrescentou o ministro aos jornalistas após a reunião.
Desde que o Brasil assumiu a presidência temporária do bloco, em julho, o presidente Michel Temer tem se pronunciado sobre "ruptura da democracia" na Venezuela.
O presidente venezuelano, foi consultado sobre a possibilidade de se reunir com a oposição em território do Brasil, com a mediação do Mercosul, mas este rejeitou a oferta.
A Assembleia Constituinte, aprovada pelo governo venezuelano e formalmente instituída nesta sexta-feira foi o motivo final para os membros do Mercosul decidirem pela expulsão do país do bloco.