Adeus, Síria? Especialistas explicam provável saída dos EUA da base militar Al Tanf

© AFP 2023 / DELIL SOULEIMANForças dos EUA na Síria, foto de arquivo
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Segundo fontes não oficiais, os EUA recusaram a base militar Al Tanf na Síria. No dia 1º de agosto surgiu informação de que os Estados Unidos estariam abandonando a sua base de treinamento na fronteira meridional da Síria e planejando reinstalar suas forças especiais no território da Jordânia.

O especialista militar sírio, brigadeiro-general Ali Maksud, disse à Sputnik Árabe que a localização da base Al Tanf tem sido desde sempre muito importante para as operações militares nesta parte do país. As estradas para Deir ez-Zor e Raqqa, vindo da Jordânia e do Iraque, passam por ela. Mas "os esforços conjuntos dos exércitos sírio e iraquiano e o retorno de Resafa – muito importante estrategicamente – diminuíram a importância da base Al Tanf", explicou ele.

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O especialista politico sírio, Talib Ibrahim, por sua vez, ressaltou à Sputnik Árabe que "os norte-americanos não possuem motivo legítimo algum para se instalar em Al Tanf ou em qualquer outro lugar na Síria. Não há decisão apropriada do Congresso, nem dos políticos norte-americanos ou da ONU. Nem mesmo há acordos com o governo da Síria, que é o Estado soberano".

O especialista acrescentou que "esta situação poderia levar a um confronto inevitável contra o exército sírio, por isso os analistas norte-americanos decidiram retirar suas tropas de Al Tanf. Possivelmente, a mesma decisão será tomada em relação a outras bases no território sírio".

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Ao comentar as zonas de desescalada na Síria, ele disse que "o acordo é favorável a todas as partes, incluindo Washington". Segundo o especialista político, além de possuírem muitos problemas internos, os EUA estão envolvidos em conflitos mais tensos como, por exemplo, no golfo Pérsico. De acordo com Talib Ibrahim, é por isso que o presidente norte-americano Donald Trump está contente com a pausa na frente de batalha na Síria. As zonas de desescalada foram criadas pelos governos da Síria, Rússia e Irã, para solucionar o conflito de forma pacífica, o que os EUA não conseguiram fazer, conclui.

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