O secretário-geral do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que "será aberto o flanco sírio contra o Daesh" durante um discurso transmitido pela TV, acrescentando que enquanto as forças libanesas estão realizando uma ofensiva contra o Daesh a partir do Líbano, o exército sírio e o Hezbollah coordenarão seus esforços para atacar os terroristas na zona sul.
O Hezbollah começou uma ofensiva contra o Daesh na sexta-feira passada (4) ao longo da fronteira sírio-libanesa, informou a assessoria de imprensa do grupo.
Isso seria de interesse do presidente norte-americano, Donald Trump.
A administração Trump tem sido bastante "confusa" quanto à sua política em relação ao Irã, país que por muito tempo tem sido considerado um dos principais financiadores do Hezbollah, disse à Sputnik internacional Max Abrahms, do Conselho de Relações Exteriores.
"Por um lado, a administração se manifesta contra o acordo nuclear e apoia as sanções. Por outro lado, Trump também se mostrou contra a mudança do regime na Síria e, sem dúvida, entende que o Hezbollah está de nosso lado no que diz respeito ao combate aos terroristas salafistas.
As relações entre o Hezbollah e o Líbano são muitas vezes interpretadas de modo errado, afirmou ao Haaretz Faysal Itani, do Conselho Atlântico (EUA).
"O Líbano não é um verdadeiro Estado, enquanto o Hezbollah não é um grupo terrorista, ou seja, não é apenas um grupo terrorista, dependendo de sua visão…A América tende ora a tratar o Hezbollah como se controlasse o Estado libanês, ora encara o Líbano como uma entidade soberana combatendo o grupo terrorista. Ambas as visões são erradas", afirmou.