Famoso orangotango que 'aprendeu a falar' morreu nos Estados Unidos

© REUTERS / Zoo AtlantaZoo Atlanta photo shows Chantek the orangutan after the passing of the male orangutan who was among the first apes to learn sign language, in this photo released on social media in Atlanta, Georgia, U.S., August 7, 2017
Zoo Atlanta photo shows Chantek the orangutan after the passing of the male orangutan who was among the first apes to learn sign language, in this photo released on social media in Atlanta, Georgia, U.S., August 7, 2017 - Sputnik Brasil
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Chantek foi criado pela antropóloga Lyn Miles na Universidade do Tennessee e participou de uma experiência única que procurava entender se um macaco poderia aprender o comportamento humano. Ele foi a estrela do documentário "The Ape That Went to College" (O Macaco que Foi para a Faculdade) do Animal Planet.
Chantek foi criado em seu próprio quarto e sua vida era como a de uma criança humana.

​​Com a ajuda de Lyn Miles, ele aprendeu usar ferramentas, limpar seu quarto, fazer chamadas telefônicas para seu restaurante de fast food favorito ou uma loja de sorvete. Mas o mais importante, o macaco aprendeu a linguagem americana de sinais, começou a se comunicar com humanos e conseguiu manter uma conversa real. A única razão pela qual ele não podia dominar a fala oral era que as bocas de um orangotango não são projetadas para isso.

Chantek logo se integrou na vida social do campus em que morava: quando novinho, ele frequentava um jardim de infância dos filhos da equipe universitária. Ao envelhecer, sua foto apareceu nos anuários universitários: entre os rostos humanos, um rosto de "orangotango humano" pode ser visto.

​Chantek era inventivo: ele possuía um senso de humor e poderia criar seus próprios sinais para substituir aqueles que não conhecia — por exemplo, ele chamou a "pasta de dente" de "ketchup".

Ele participou de palestras e brincava com os alunos até se tornar muito grande e forte para circular livremente pelo campus. O orangotango foi então levado ao Yerkes Primate Center em Atlanta, um laboratório de pesquisa, onde foi preso em uma pequena gaiola. Quando a Dra. Lyn Miles foi autorizada a vê-lo, o orangotango parecia devastado. De acordo com o Daily Mail, ele disse por sinais "Mãe Lyn, pegue o carro, vá para casa". A Dra. Miles perguntou se ele estava doente. "Dói", disse Chantek. Ela perguntou onde dói: "Sentimentos", ele respondeu.

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Em 1997, depois de 11 anos em uma gaiola, ele foi transportado para o Zoológico de Atlanta. Ele passou os últimos 20 anos de sua vida entre outros orangotangos aos quais se referia como "cachorros de laranja". Chantek se referia a ele como "pessoa de orangotango".

Sua inteligência brilhante e "personalidade envolvente" o ajudaram a desenvolver fortes laços com os cuidadores, às vezes chamando a antropóloga pelo primeiro nome "Lyn", depois da Dra. Miles. De acordo com a declaração do zoológico, ele "freqüentemente usava a língua de sinais para se comunicar com seus cuidadores", mas "era tímido em usar os sinais com indivíduos que não conhecia e muitas vezes escolheu formas de comunicação mais típicas dos orangotangos, como vocalizações e gestos únicos das mãos".

A causa da morte de Chantek é até agora desconhecida, mas é altamente provável que ele tenha morrido por uma doença cardíaca que tratava desde 2016. Os orangotangos são considerados idosos após os 35, então ele viveu uma longa vida. O zoológico emitiu uma declaração

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