'Sangue que Geórgia derramou em Ossétia foi o ponto sem retorno'

© Sputnik / Said Gutsiev / Acessar o banco de imagensTanque russo na Ossétia do Sul
Tanque russo na Ossétia do Sul - Sputnik Brasil
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No dia 8 de agosto de 2008, o exército da Geórgia atacou a República da Ossétia do Sul. Como resposta, a Rússia iniciou uma operação para impor a paz à Geórgia.

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Na madrugada de 8 de agosto de 2008, a Geórgia iniciou a operação militar Campo Limpo para eliminar a república independente da Ossétia do Sul (depois da anexação da Ossétia eles planejavam atacar a Abkházia). A artilharia georgiana atacou a capital da Ossétia do Sul, Tskhinval, e as posições das tropas pacificadoras russas, e depois os destacamentos de forças especiais e tanques da Geórgia entraram no território da república.

No dia 8 de agosto, o presidente da Rússia tomou a decisão de iniciar uma operação para coagir a Geórgia à paz. A operação durou até 12 de agosto e resultou na assinatura de um acordo de paz. Moscou reconheceu a República da Ossétia do Sul e Abkházia como Estados independentes, mas depois disso a Geórgia rompeu as relações diplomáticas com a Rússia.

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O cientista político russo Dmitry Zhuravlev comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik os acontecimentos de há 9 anos. Ele disse que o presidente georgiano daquela altura, Mikhail Saakashvili, tinha certeza que as ações dele seriam apoiadas pelos EUA, não só com palavras, mas também com ações reais.

O especialista assinala que a própria agressão georgiana se tornou no ponto sem retorno, depois do qual a Ossétia e a Abkházia nunca poderão voltar a fazer parte da Geórgia.

"É importante mencionar que a Rússia reconheceu a independência só depois do conflito. Antes do conflito, existia ainda a possibilidade de encontrar alguma forma da interação com a Geórgia. A chance era pequena, mas ela existia. Depois do conflito, o sangue derramado se tornou um obstáculo insuperável", concluiu Zhuravlev.

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