Político iemenita: a guerra contra nós foi desencadeada pelos EUA

© AFP 2023 / MOHAMMED HUWAISMilitantes armados leais aos rebeldes houthis, Sanaa, Iêmen, 20 de junho de 2016
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O ex-chefe da fração política do partido iemenita Hizb al-Hak, Ahmed Ali al-Bahri, disse em entrevista à Sputnik Árabe que, desde o início da guerra no Iêmen, os EUA vêm apoiando a coalizão liderada pela Arábia Saudita com fornecimentos militares e as informações de inteligência necessárias.

Al-Bahri condenou as palavras do embaixador americano no Iêmen que Washington não teria soluções para a crise iemenita. A Arábia Saudita começou a guerra atuando sob ordens dos EUA e nunca toma nenhumas medidas sem autorização prévia das autoridades americanas.  

"Se Washington quisesse parar essa crise, exerceria a pressão necessária sobre todos os participantes do conflito. A declaração do embaixador americano foi feita após o povo iemenita ter rejeitado a iniciativa de Uld al-Sheikh [enviado especial da ONU para o Iêmen]. Os iemenitas tomaram essa iniciativa como um insulto à sua dignidade que pode representar perigo para a estabilidade do país, além de ser vista como justificação para a atividade da Arábia Saudita, o que seria uma deturpação da realidade", esclareceu o político à Sputnik Árabe.

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Entretanto, o cientista político iemenita Mahmud al-Tahir disse que nenhumas das promessas da ONU referentes à solução da crise no país vieram a ser concretizadas. As declarações dos políticos europeus sobre a inadmissibilidade de uma solução militar do conflito tiveram como objetivo o jogo político com a Arábia Saudita e não visavam resolver a situação.

De acordo com o especialista, a referida declaração do embaixador dos EUA concede de fato toda a liberdade à Arábia Saudita para agir como achar necessário. "Riad deve entender que não faz sentido continuar uma guerra que está prejudicando a todos, eles têm que achar meios para a reconciliação, senão a guerra no Iêmen pode provocar uma verdadeira crise regional", advertiu Mahmud al-Tahir.

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