O especialista comentou a nota emitida pelo Exército da Coreia do Norte, de acordo com a qual o governo do país asiático está considerando a possibilidade de um ataque com mísseis de médio e longo alcance Hwasong-12 contra a ilha de Guam, onde está localizada uma base militar dos EUA.
"Esse comunicado é um aviso prévio aos EUA, no sentido de fazer com que os americanos parem de provocar a Coreia do Norte. Com certeza, Pyongyang está realmente pronto para realizar esse golpe caso Washington continue exercendo pressão sobre seu país", ressaltou Sivkov.
No entanto, é impossível que a Coreia do Norte ataque a parte continental dos EUA – o míssil balístico intercontinental Hwasong-14 que está sendo testado não possui essas capacidades por enquanto.
Programa nuclear da Coreia do Norte
Apesar da pressão internacional, Pyongyang tem realizado ininterruptamente testes de mísseis de várias classes, inclusive dos que são capazes de carregar ogivas nucleares.
Entre os últimos avanços do complexo militar-industrial norte-coreano estão os ensaios do míssil balístico intercontinental Hwasong-14. No final de julho Pyongyang anunciou ter feito o segundo teste bem-sucedido – o voo do míssil durou 47 minutos e 12 segundos, o alcance totalizou 998 km e a altitude máxima atingiu 3.724,9 km, de acordo com o comunicado norte-coreano.
Um outro especialista, o editor-chefe da revista militar Arsenal Otechestva, Viktor Murakhovsky havia dito mais cedo em entrevista à Sputnik que a Coreia do Norte ainda está atrasada na produção de combustível sólido para os mísseis balísticos intercontinentais. Portanto, em vez de possuir um alcance de 11 mil km, é pouco provável que o Hwasong-14 possa atingir um alvo a mais de 6 mil km de distância, concluiu.