Lituânia está disposta a contabilizar custo da 'ocupação soviética'

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Desde o início do ano, o Centro de Investigação do Genocídio e da Resistência na Lituânia não consegue encontrar um especialista que possa contabilizar o prejuízo da assim chamada "ocupação soviética", porque o salário oferecido é muito baixo, comunicou Teresa-Birute Burauskayte, presidente do Centro.

Em 2000 uma comissão interministerial lituana afirmou que o prejuízo causado pela 'ocupação' nos Países Bálticos seria cerca de 20 bilhões de dólares (R$ 62,5 bilhões). Naquela época, o parlamento aprovou uma lei exigindo a indenização do prejuízo, mas não se seguiram ações concretas. 

Em 2012 foi criada uma comissão especial que deveria ter elaborado um plano de ações. No entanto, os trabalhos não chegaram a ser iniciados. Teresa-Birute Burauskayte foi designada presidente da comissão. 

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Na quarta-feira (9), Burauskayte comunicou, em entrevista ao jornal Lietuvos žinios, que o Centro não consegue encontrar um especialista que possa contabilizar o custo exato do prejuízo. "Não podemos pagar um salário como os que recebem os cidadãos da Lituânia que trabalham nesse campo. Não há ninguém que tenha especialização apenas nessa esfera", disse ela.

Segundo ela, para pesquisar informações nos arquivos e avaliar os documentos é preciso pagar 810 euros (R$ 2.975) por mês. Atualmente, os empregados do Centro fazem este trabalho, mas estes não têm as habilidades necessárias, afirma Burauskayte. O Centro está à procura de algum historiador que possa dedicar pelo menos um ano ao trabalho. Mas o Centro não tem dinheiro para oferecer um salário mais elevado e, com um salário menor, os candidatos não concordam, ressaltou ela.

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As autoridades da Rússia já afirmaram repetidas vezes que não houve nenhuma ocupação nos Países Bálticos em 1940 por parte da União Soviética. Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia esclareceu que considera a adesão da região do Báltico à União Soviética como uma ação perfeitamente legal, que correspondeu às normas do direito internacional daquela época. De acordo com o ministério, o termo "ocupação" não pode ser aplicado, porque entre a União Soviética e os governos da região do Báltico não houve ações militares, e a União Soviética introduziu suas tropas baseado em um tratado e com o acordo das autoridades locais. Além disso, na Letônia, Lituânia e Estônia durante todo o período da União Soviética existiam órgãos de poder nacionais (exceto durante um breve período durante a Segunda Guerra).

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