"Acho que, neste caso, a Síria muito provavelmente deixaria de existir como Estado. Em seu lugar haveria uma ferida constantemente aberta", opinou Solonikov em entrevista à agência russa FAN.
No entanto, o especialista afirmou que nada disso aconteceu porque a Rússia decidiu ajudar a Síria a resolver seu conflito interno.
"A Rússia não traiu seu aliado, que lhe pediu ajuda, a Rússia não votou a favor das sanções. A Rússia tomou o lado do governo legítimo, defendeu a preservação do poder legítimo e do sistema constitucional. Depois disso, os planos para uma "primavera árabe" fracassaram, pelo que parece, definitivamente. O colapso e o caos planejados, certamente não ocorrerão", assegurou o especialista.
"Se não fosse pela intervenção da Rússia, a Síria teria experimentado o mesmo que aconteceu com o Iraque e com o governo de Muammar Kadhafi [líder da Líbia], pois os militantes já estavam perto de Damasco […] Seria uma repetição completamente idêntica aos cenários líbio e iraquiano", disse Koshkin.
O especialista notou que, caso isso acontecesse na Síria, o país seria convertido em um campo de batalha, pois os próprios Estados da região dão prioridade aos seus projetos econômicos. Assim, intensificariam ações para dividir a Síria e criar distintas zonas de influência, frisou o analista.
Além disso, Andrei Koshkin afirmou que a decisão da Rússia de atender ao pedido do presidente sírio, Bashar Assad, e deslocar um grupo de aviação da Força Aérea russa para a Síria completamente corresponde às regras tanto do direito internacional como do país eslavo.