Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert, relatou que membros do corpo diplomático dos EUA em Cuba teriam sido envolvidos, em 2016, em um incidente que teria resultado em "sintomas físicos", os quais não foram revelados por ela. Em nota, a chancelaria cubana, que também não deu detalhes sobre o problema, disse que estava cooperando com Washington desde o momento em que Havana foi notificada sobre essa questão e que, por isso, considerava sem fundamentos a retaliação estadunidense.
#DECLARACIÓN | #Cuba es considerada como un destino seguro para visitantes y diplomáticos extranjeros https://t.co/yACkirqAxa #CubaUS pic.twitter.com/dbm4eHKYnH
— Cancillería de Cuba (@CubaMINREX) 10 de agosto de 2017
"Cuba é considerada um destino seguro para visitantes e diplomatas estrangeiros."
De acordo com a diplomacia cubana, Cuba foi informada sobre esse misterioso incidente, ocorrido em meados de 2016, apenas no último 17 de fevereiro. Imediatamente, Havana tomou uma série de ações conjuntas com Washington para tratar do problema e investigar sua origem, incluindo a criação de um comitê de especialistas, medidas para reforçar a proteção e a segurança dos diplomatas e das instalações diplomáticas dos EUA e a instalação de novos canais de comunicação direta. Entretanto, no final de maio, o Departamento de Estado anunciou que dois diplomatas cubanos estavam sendo expulsos dos Estados Unidos.
"O Ministério de Relações Exteriores reafirma que Cuba cumpre com todo rigor e seriedade suas obrigações emanadas da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, no que diz respeito à proteção e à integridade dos agentes diplomáticos e locais da missão", afirmou a diplomacia cubana. "O Ministério enfatiza categoricamente que Cuba jamais permitiu nem permitirá que o território cubano seja utilizado para qualquer ação contra funcionários diplomáticos acreditados ou seus familiares, sem exceção. Ainda assim, reitera a disposição para cooperar no esclarecimento dessa situação".