"Durante o primeiro trimestre, tivemos um crescimento do PIB de 2,3%, quando calculávamos que seria 4%, por causa do bloqueio perdemos cerca de 1,5%", declarou o vice-ministro para territórios não controlados por Kiev, Yury Grimchak, ao canal de televisão ucraniano Pyatyi.
Mais anteriormente, o primeiro-ministro da Ucrânia, Vladimir Groisman, declarou que, durante o bloqueio invernal de Donbass, o país perdeu 1% do crescimento do PIB e uma série de ativos industrias que antes ingressavam impostos ao orçamento interno ucraniano, e agora "pagam impostos para a Rússia".
Além disso, no fim de janeiro, a ferrovia que liga Ucrânia a Donetsk e Lugansk (as Repúblicas autoproclamadas e não reconhecidas pela Ucrânia) foi bloqueada, pois qualquer comércio com esses territórios é considerado ilegal.
Ao mesmo tempo, o bloqueio interrompeu também as entregas de bens entre as regiões de Donbass e a Ucrânia. Por essa razão, as autoridades da Ucrânia tiveram que tomar medidas urgentes para economizar recursos energéticos.
Desde abril de 2014, as Forças Armadas da Ucrânia realizam operação contra insurgentes da região de Donbass que se recusaram a aceitar as mudanças realizadas no país após o golpe de Estado — evento que destituiu o presidente eleito Viktor Yanukovich. De lá para cá, as duas partes em conflito realizaram dois grandes acordos, mediados por representantes internacionais, na cidade de Minsk, capital da Bielorrússia, com o objetivo de cessar as hostilidades e fazer concessões em nome de uma resolução pacífica para a crise. No entanto, as tréguas estabelecidas continuam sendo violadas e os dois lados trocam acusações constantes sobre o não cumprimento das obrigações assumidas.