Para entender melhor esse fenômeno, a Sputnik Brasil conversou com Naelton Mendes, astrônomo do Planetário do Rio de Janeiro, na Gávea, zona sul da cidade. Mendes explica que essa chuva de meteoros tem o nome de Perseidas porque vem da constelação de Perseus, uma constelação típica do Hemisfério Norte, por isso as pessoas do Hemisfério Sul podem não ver tão bem o fenômeno. As melhores chances de observação do país estarão na Região Norte.
"Aquele clarão luminoso no céu, que as pessoas chamam de estrela cadente, é um pedaço de rocha ou gelo que está no espaço e entra na nossa atmosfera em alta velocidade e se incinera com a resistência do ar. Quando a Terra se move no espaço e encontra uma nuvem dessas partículas, você tem o que a gente chama de chuva de meteoros.Essas partículas são deixadas por rastros de cometa. Praticamente todo o mês tem uma chuva de meteoros vindo de um canto do céu. Essa Perseida é uma chuva de meteoros famosa, porque ela é bastante ativa, tem bastante partículas e produz um espetáculo bonito no céu", diz Mendes, ressaltando que a fase da lua, mais cheia, deve dificultar a visualização do fenômeno.
O astrônomo dá algumas dicas sobre as melhores condições para assistir a passagem de uma chuva de meteoros. A primeira é ter um céu bem escuro, longe das luzes da cidade, uma noite sem ou com um mínimo de nebulosidade e a lua não atrapalhando. Para maior conforto, o ideal é assistir ao fenômeno em uma cadeira de praia para não forçar pescoço e coluna. Outra dica é que é necessário a pessoa ficar pelo menos 30 minutos no escuro para que a vista se acostume. Mendes recorda que esse início de atividade já começou há algumas semanas, sendo que a atividade máxima deve acontece na virada de sábado para domingo. Normalmente o ritmo de passagem é de um meteoro por minuto, mas, segundo ele, não dá para precisar de antemão.
Mendes explica que cada chuva de meteoros está associada a uma constelação. Neste ano, a primeira, em 3 de janeiro, foi a Quadrantidas; a segunda, em abril, foi a de Líridas; em maio foi a Eta Aquáridas; julho registrou a passagem da Delta Acuáridas. Depois da de Perseidas, a próxima será a de Oriônidas, em 21 de outubro. Novembro será o o mês de maior incidência, com duas passagens: a chuva de Táuridas do Sul, no dia 5 de novembro, e a de Táuridas do Norte em 12 de novembro, sendo a última a de Gemínidas, em 14 de dezembro.