O Ministério da Defesa chinês apelou aos EUA para porem fim às provocações no mar do Sul da China.
O destróier USS John S. McCain navegou nesta quinta-feira (10) perto do recife de Mischief (Meiji), nas ilhas Spratly (Nansha), realizando "uma operação de manutenção da liberdade de navegação".
O especialista russo Vladimir Terekhov, comentando o assunto para o serviço russo da Rádio Sputnik, deu sua opinião sobre o futuro desenvolvimento da situação.
"A situação pode se transformar gradualmente numa semelhante à que existe na península da Coreia: um agravamento periódico das tensões, possivelmente um confronto direto. A tensão está aumentando. É um processo gradual e o pior é que o mar do Sul da China está se transformando num 'vórtice geopolítico', para onde estão sendo sugados todos os países, independentemente do seu tamanho. Uma situação grave", disse Terekhov.
"Para os EUA é muito difícil descartar a demonstração de presença na região. Desde os anos 1950, foram criados muitos acordos bilaterais. As primeiras tentativas para evitar o cumprimento dos acordos foram demonstradas pelo ex-presidente Barack Obama", explicou Terekhov. Segundo ele, essas tentativas falharam devido aos protestos dos aliados dos EUA na Europa, Japão e outros países.
De acordo com Terekhov, é muito simples entrar numa guerra, mas é muito difícil sair dela. "Todos os que iniciaram as grandes guerras sabiam sobre as possíveis consequências. Mas na história da humanidade há situações em que alguém considera que grandes danos são um efeito inevitável da solução militar de um conflito. Geralmente, o problema não pode ser resolvido através da guerra, mas é praticamente impossível evitá-la", acrescentou o especialista.