Ódio nos EUA: Atropelador de Charlottesville era admirador de Hitler (VÍDEO)

© AP Photo / Alan GoffinskiJames Fields (segundo, da esq. para direita) foi visto em ato de supremacistas brancos horas antes do atropelamento em Charlottesville (EUA)
James Fields (segundo, da esq. para direita) foi visto em ato de supremacistas brancos horas antes do atropelamento em Charlottesville (EUA) - Sputnik Brasil
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Acusado pelo atropelamento de uma multidão em Charlottesville, no estado americano da Virginia, James Fields, de 20 anos, era um simpatizante do nazismo, que idolatrava Adolf Hitler e possuía convicções “radicais”, informou um ex-professor neste domingo.

“Uma vez que alguém começava uma discussão com James por pouco, começava a ver essa simpatia pelo nazismo, essa idolatria por Hitler, essa crença na supremacia branca”, afirmou o professor Detek Weimer, em entrevista à Agência Associated Press.

Fields chegou a ser diagnosticado na infância com esquizofrenia, tendo inclusive tomado medicamentos para o controle da doença, comentou o mesmo professor.

A polícia de Charlottesville prendeu Fields horas após ele lançar o seu carro, um modelo Dodge Challenger prateado, contra uma multidão de manifestantes no último sábado. Uma mulher de 32 anos morreu e outras 19 pessoas ficaram feridas.

Horas antes do atropelamento, Fiels havia sido fotografado com um emblema do Vanguard America, um dos grupos de ódio que organizaram a campanha “Recuperemos os Estados Unidos”, em protesto à retirada da estátua do general confederado Rober E. Lee, herói do movimento escravocrata na Guerra Civil norte-americana.

Os confrontos violentos em Charlottesville começaram na noite de sexta-feira, com um ato “pró-brancos” na Universidade da Virginia. No sábado, uma nova marcha de supremacistas brancos de grupos como a Ku Klux Klan (KKK) acirrou ainda mais os ânimos. Movimentos antifascistas também foram às ruas e foram registrados diversos episódios de violência e intolerância.

Procurador defende Trump

O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, defendeu o presidente Donald Trump nesta segunda-feira, afirmando que o líder do país condena claramente todas as formas de racismo e intolerância, incluindo a supremacia branca e movimentos como o KKK.

Presidente dos EUA, Donald Trump, 27 de maio, 2017 - Sputnik Brasil
Neonazistas ficam entusiasmados com resposta de Trump à violência em Charlottesville

“[Trump] foi inequívoco ao criticar o racismo e a intolerância”, disseram Sessions à ABC News, referindo-se à declaração do presidente durante o fim de semana. “Expressei explicitamente o tipo de ideologia por trás desses movimentos do nazismo, a supremacia branca, o KKK”.

No sábado, Trump condenou a violência em Charlottesville, afirmando que os eventos eram uma “exibição de ódio, fanatismo e violência em muitos lados”.

O presidente dos EUA inicialmente se absteve de culpar qualquer grupo específico pelo surto de violência. Trump posteriormente enfrentou críticas por não condenar diretamente os nacionalistas brancos na manifestação.

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