“Uma vez que alguém começava uma discussão com James por pouco, começava a ver essa simpatia pelo nazismo, essa idolatria por Hitler, essa crença na supremacia branca”, afirmou o professor Detek Weimer, em entrevista à Agência Associated Press.
Fields chegou a ser diagnosticado na infância com esquizofrenia, tendo inclusive tomado medicamentos para o controle da doença, comentou o mesmo professor.
A polícia de Charlottesville prendeu Fields horas após ele lançar o seu carro, um modelo Dodge Challenger prateado, contra uma multidão de manifestantes no último sábado. Uma mulher de 32 anos morreu e outras 19 pessoas ficaram feridas.
Horas antes do atropelamento, Fiels havia sido fotografado com um emblema do Vanguard America, um dos grupos de ódio que organizaram a campanha “Recuperemos os Estados Unidos”, em protesto à retirada da estátua do general confederado Rober E. Lee, herói do movimento escravocrata na Guerra Civil norte-americana.
Os confrontos violentos em Charlottesville começaram na noite de sexta-feira, com um ato “pró-brancos” na Universidade da Virginia. No sábado, uma nova marcha de supremacistas brancos de grupos como a Ku Klux Klan (KKK) acirrou ainda mais os ânimos. Movimentos antifascistas também foram às ruas e foram registrados diversos episódios de violência e intolerância.
Procurador defende Trump
O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, defendeu o presidente Donald Trump nesta segunda-feira, afirmando que o líder do país condena claramente todas as formas de racismo e intolerância, incluindo a supremacia branca e movimentos como o KKK.
“[Trump] foi inequívoco ao criticar o racismo e a intolerância”, disseram Sessions à ABC News, referindo-se à declaração do presidente durante o fim de semana. “Expressei explicitamente o tipo de ideologia por trás desses movimentos do nazismo, a supremacia branca, o KKK”.
No sábado, Trump condenou a violência em Charlottesville, afirmando que os eventos eram uma “exibição de ódio, fanatismo e violência em muitos lados”.
O presidente dos EUA inicialmente se absteve de culpar qualquer grupo específico pelo surto de violência. Trump posteriormente enfrentou críticas por não condenar diretamente os nacionalistas brancos na manifestação.