Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a jornalistas que o seu país estava considerando várias opções para lidar com a situação na Venezuela, sem descartar uma intervenção militar, declaração que foi criticada por uma série de governos e organizações internacionais, incluindo o Mercosul. Na reunião desta terça-feira, na Residencia de Olivos, em Buenos Aires, o vice de Trump procurou adotar um tom mais diplomático, dizendo acreditar que a situação da Venezuela será resolvida de forma pacífica. Ainda assim, repetiu o discurso de que várias opções estão sendo consideradas.
"A Argentina está liderando a América Latina, de forma audaciosa, para um futuro melhor. Mas o seu progresso e o da região, infelizmente, contrastam com o colapso que podemos ver na Venezuela. Na Venezuela, nós estamos vendo a tragédia da tirania, diante dos nossos olhos, no nosso hemisfério", afirmou Mike Pence, acrescentando que os EUA não vão ficar parados assistindo a instalação de um regime ditatorial no país. "Nós pedimos à América Latina para fazer mais".
Macri, por sua vez, explicou que, apesar da grande preocupação do seu governo com tudo que está acontecendo na Venezuela, a Argentina, assim como os demais membros do Mercosul, acredita que o uso da força não é a melhor opção para resolver a crise no país. Segundo ele, o caminho é manter a pressão sobre o governo de Maduro, para que este realize eleições, respeite as liberdades, liberte os presos políticos e respeite a independência dos poderes.
"A via não é a utilização da força, mas, justamente, aprofundar as demandas políticas", afirmou Macri, descartando o apoio a uma possível intervenção militar estrangeira.