Macri diz em encontro com vice dos EUA que não apoiará uso da força na Venezuela

© REUTERS / Marcos BrindicciPresidente da Argentina, Mauricio Macri, recebendo o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, em Buenos Aires
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, recebendo o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, em Buenos Aires - Sputnik Brasil
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Em encontro com Mauricio Macri, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, agradeceu, em nome de Donald Trump, pela liderança da Argentina na condução das discussões em torno da questão venezuelana na América Latina, mas ouviu uma resposta negativa de Buenos Aires sobre o possível uso da força contra o governo de Nicolás Maduro.

Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a jornalistas que o seu país estava considerando várias opções para lidar com a situação na Venezuela, sem descartar uma intervenção militar, declaração que foi criticada por uma série de governos e organizações internacionais, incluindo o Mercosul. Na reunião desta terça-feira, na Residencia de Olivos, em Buenos Aires, o vice de Trump procurou adotar um tom mais diplomático, dizendo acreditar que a situação da Venezuela será resolvida de forma pacífica. Ainda assim, repetiu o discurso de que várias opções estão sendo consideradas.

"A Argentina está liderando a América Latina, de forma audaciosa, para um futuro melhor. Mas o seu progresso e o da região, infelizmente, contrastam com o colapso que podemos ver na Venezuela. Na Venezuela, nós estamos vendo a tragédia da tirania, diante dos nossos olhos, no nosso hemisfério", afirmou Mike Pence, acrescentando que os EUA não vão ficar parados assistindo a instalação de um regime ditatorial no país. "Nós pedimos à América Latina para fazer mais".

Macri, por sua vez, explicou que, apesar da grande preocupação do seu governo com tudo que está acontecendo na Venezuela, a Argentina, assim como os demais membros do Mercosul, acredita que o uso da força não é a melhor opção para resolver a crise no país. Segundo ele, o caminho é manter a pressão sobre o governo de Maduro, para que este realize eleições, respeite as liberdades, liberte os presos políticos e respeite a independência dos poderes.

"A via não é a utilização da força, mas, justamente, aprofundar as demandas políticas", afirmou Macri, descartando o apoio a uma possível intervenção militar estrangeira. 

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