Ainda antes da sua vitória nas eleições, o presidente dos EUA Donald Trump anunciou que ia pôr fim à globalização promovida pelos acordos de comércio livre. Para mostrar a seriedade das suas intenções, o líder norte-americano assinou em 20 de janeiro de 2017 o decreto para a saída do país do Acordo de Parceria Transpacífico, uma iniciativa de Barack Obama.
Além disso, Trump anunciou sua disposição de sair do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) no caso de seus outros membros (México e Canadá) se recusarem a discutir esta questão.
"Trump quer uma revisão do acordo porque vê um déficit no comércio com o México e o Canadá. Mas um défice mais sério existe no comércio entre os EUA e a China. A queixa principal de Trump consiste em que os EUA perderam uma quantidade imensa de postos de trabalho, mas ele também não fala de que desde 2000 os EUA perderam cerca de 4 milhões de postos de trabalho por causa do avanço tecnológico. E isso não tem nada a ver com a NAFTA", acrescentou Carlos Noricumbo à Sputnik Mundo.
Cerca de 80% das exportações do México se destinam aos EUA, mas a possibilidade de rompimento deste acordo é motivo para uma preocupação séria. De acordo com o analista, isso afetaria muito negativamente o México e o governo do país não tem nenhum plano de ação no caso deste cenário.