Entretanto, o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Nak-yon, negou nesta quarta-feira que Seul tenha qualquer inenção de seguir o caminho nuclear, conforme informou a agência de notícias local Yonhap.
De acordo com o premiê sul-coreano, tal iniciativa só iria incentivar uma corrida por armas nucleares, minar as chances de desnuclearização da península, e levaria o país a receber sanções da comunidade internacional.
“Se dissermos que teremos armas nucleares enquanto avançarmos pelo objetivo da desnuclearização da Coreia do Norte, isso acabará por minar a justificativa de nossa demanda de desnuclearização e acelerar ainda mais o armamento nuclear no Nordeste da Ásia”, disse Lee em uma entrevista ao canal de TV YTN.
Principal partido de oposição ao governo do presidente Moon Jae-in, o Partido da Liberdade da Coreia passou a advogar por uma revisão do acordo entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, sobretudo no que diz respeito à posse de armas nucleares.
Entretanto, o primeiro-ministro sul-coreano afirmou que o país deve considerar a possibilidade de adicionar submarinos nucleares à sua frota marítima. Segundo Lee, “é tempo de pensarmos sobre a introdução” de novos e mais modernos submersíveis, em meio ao aumento das capacidades norte-coreanas no mar.
Por fim, o premiê rejeitou qualquer possibilidade de Seul ser deixada de lado nas discussões sobre um eventual ataque contra a Coreia do Norte. Lee considera que a situação hoje é “muito grave”, afirmando que o líder norte-coreano terá dificuldades em “brincar com fogo” se quiser se manter no poder.