Comentando essa afirmação otimista do presidente sul-coreano, o especialista russo Vladimir Terekhov disse ao serviço russo da rádio Sputnik que recentemente altos representantes norte-americanos fizeram declarações semelhantes.
"O presidente da Coreia do Sul está convicto que não haverá guerra na Península da Coreia porque quase o mesmo disseram personalidades de alto nível — o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Joseph Danford. Eles, por sua vez, disseram essas palavras comentando e suavizando o deslize político evidente que tinha feito o presidente Donald Trump quando ele se meteu numa querela com Kim Jong-un sobre 'quem será o primeiro a queimar o outro'", disse Terekhov.
Anteriormente, os ministérios das Relações Exteriores da Rússia e da China emitiram uma declaração conjunta sobre o problema da Península da Coreia (o plano "congelamento duplo"). Os dois países propuseram uma moratória aos testes nucleares e lançamentos de mísseis da Coreia do Norte e apelam aos EUA e à Coreia do Sul para não realizarem manobras conjuntas. Os EUA não apoiaram essa iniciativa.
"O problema maior são os EUA. Eles ainda não têm um plano concreto, não é claro o que vão fazer. Não se pode dizer que as propostas sino-russas foram rejeitadas. Em minha opinião, é o plano mais realista para sair dessa espiral perigosa: a realização de grandes manobras pelos EUA e Coreia do Sul e a resposta da Coreia do Norte. As propostas sino-russas podem parar essa espiral perigosa, pelo menos temporariamente. Durante essa pausa, o melhor seria realizar conversações entre seis partes, mas os EUA ainda não estão prontos para o alargamento do formato. E essa posição impede o avanço", explicou o especialista.