De acordo com a revista National Interest, Moscou possui um arsenal nuclear capaz de varrer os EUA da face da Terra, como tal é preciso utilizar os meios empregados pelos norte-americanos durante o confronto com a URSS.
Como se sabe, a existência da URSS durou até 1991, no entanto o arsenal nuclear da superpotência permaneceu. Visto que a meia-vida do plutónio é de 24 mil anos (meia-vida é o tempo que o elemento químico radioativo leva para ter sua atividade reduzida pela metade), as armas nucleares não sumirão de um dia para o outro.
"Em plena Guerra Fria, Ronald Reagan apelidou a URSS o 'Império do Mal' e estava disposto a vencê-la. Ao mesmo tempo, ele reconhecia e recordava com frequência aos 'defensores da Guerra Fria' que a guerra nuclear não se ganha, consequentemente não vale a pena travá-la", acredita o autor do artigo.
Segundo ele, as tecnologias fizeram com que a Rússia se tornasse o "insuportável mas inevitável gémeo siamês" dos EUA, portanto, seja qual for o castigo que a Rússia mereça, a missão de destruí-la será suicida.
O presidente Obama tomou posse cheio de ambições grandiosas de "dar um reset" nas relações com a Rússia, diminuindo o papel das armas nucleares. Contudo, quando saiu do cargo ao cabo de oito anos, as relações bilaterais estavam a um nível tão baixo como nunca haviam estado nos piores períodos da Guerra Fria. Logicamente, a probabilidade de emprego de armas nucleares na Europa voltou a estar no foco das atenções. Portanto, Donald Trump tem hoje uma chance de aumentar o nível de segurança dos americanos através da mudança radical das iniciativas de Obama, "remoldando" as relações com a Rússia com base nos princípios fundamentais da Guerra Fria.