Segundo afirmou à Sputnik Dmitry Rasoshkin, da empresa de construção de bunkers privados e instalações especiais de defesa TOZ, a construção de um bunker não é barata, podendo superar 10 milhões de rublos (R$ 535.100), e ainda há poucos cidadãos que investem em um bunker equipado. Ao mesmo tempo, os bunkers públicos são financiados pelo governo e sempre estão em estado de alerta.
"No entanto, há muitas pessoas que cuidam de sua segurança. Por exemplo, um homem que vive perto da usina atómica de São Petersburgo quis defender sua família com equipamentos de proteção pessoal, em caso de uma catástrofe", explicou. Porém, no último ano, apenas dois clientes pediram bunkers individuais.
Segundo Rasoshkin, no total, existem cinco classes de bunkers. O bunker mais básico é na realidade um porão hermético. A empresa de Dmitry Rasoshkin segue rigorosamente as instruções de segurança elaboradas pelo Ministério para Situações de Emergência da União Soviética, que têm sido complementadas com informação atualizada.
Quanto aos bunkers mais avançados, que podem proteger de um bombardeio, a empresa instala um complexo sistema de ventilação. Primeiro entra o ar, que depois é filtrado e finalmente se converte em oxigênio. Os bunkers russos também contam com sistemas anti-fumo FB-70, capazes de filtrar o ar em caso de uma catástrofe tecnológica ou um incêndio.
O tempo de permanência nos bunkers depende dos sistemas de filtração instalados, sublinhou o empresário. Rososhkin ressaltou que este pode atingir várias semanas caso existam filtros suficientes, mas afirmou que seria impossível utilizar o ar contaminado no caso de uma guerra nuclear.
Em geral, de acordo com o empresário, as instalações de proteção somente estão desenhadas para serem residência temporária, uma vez que isto também depende das quantidades de água potável.
"Em teoria, é possível sair do bunker logo que a poeira radioativa for dispersada", concluiu.