Em um relatório divulgado nesta terça-feira, que descreve como mulheres da comunidade yazidi e de outras minorias são estupradas, escravizadas e forçadas a se casar e mudar de religião, a ONU acusa o sistema de justiça iraquiano de não proteger adequadamente as vítimas desse tipo de abuso, incluindo as crianças produzidas sob essas condições.
"Os danos físicos, mentais e emocionais infligidos pelo ISIL (Daesh) estão quase além da compreensão", afirmou o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, acrescentando que tanto essas mulheres como seus filhos precisam urgentemente de justiça e reparação.
O relatório recomenda que Bagdá crie programas de apoio às vítimas, fornecendo informações e serviços de aconselhamento, inclusive para a reunião de famílias separadas e registro das crianças nascidas em cativeiro.