Segundo Temer, o presidente da República "trabalha permanentemente" e "quem fala que 22h é tarde, deve ser porque trabalha até 18h, e acha que depois das 18h ninguém pode trabalhar".
"O presidente da República trabalha permanentemente e não tem local de trabalho", comentou o peemedebista, em entrevista ao SBT. "Eu converso com quem eu quiser, na hora que eu achar mais oportuna e onde eu quiser".
Ainda falando sobre ‘desafetos’, Temer criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusando-o de estar travando "uma disputa" com a Presidência da República. Sem citar Janot, o presidente disse não fazer sentido o fatiamento das denúncias contra ele.
"Para que fatiar a denúncia, se o inquérito é um só, e os fatos estão aí enlencados? Foi para dizer: 'Se ele ganhar a primeira, eu venho com a segunda. Se ele ganhar a segunda, eu venho com a terceira'. Isso não é tipicamente uma função, digamos, para a estatura de um chefe do Ministério Público", afirmou.
Ao longo dos sete minutos da entrevista (a íntegra será exibida pelo SBT no próximo domingo), Temer ainda garante não ter "temor nenhum" da delação premiada de Lúcio Funaro, doleiro apontado como um operador do PMDB na Operação Lava Jato.
"Zero. Não tenho temor nenhum. Aliás, nem o conheço. Se o conheço, conheço daquele jeito, sabe, pessoas que vem cumprimentar você", explicou o peemedebista.
O presidente ainda falou sobre outros assuntos, evitando tecer críticas contra o PSDB ou contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sobre os boatos que o colocam como possível candidato a algum cargo eletivo em 2018 – a fim de não perder o foro privilegiado –, Temer descartou ter tal intenção.
"Essa questão da prerrogativa de foro não me preocupa, e não deve preocupar a ninguém. Não tenho nenhuma intenção de me candidatar a nada", concluiu.