República Tcheca rejeita acolher bases militares estrangeiras

© Sputnik / Natalia Seliverstova / Acessar o banco de imagensPraga, capital da República Tcheca
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A República Tcheca não vê necessidade em instalar bases militares estrangeiras, incluindo as dos EUA, afirmou em uma entrevista à Sputnik o embaixador tcheco em Moscou, Vladimir Remek.

"As autoridades atuais consideram que não há necessidade de ter bases estrangeiras no nosso território", disse.

Ainda de acordo com o embaixador, o Partido Social-Democrata tcheco, que é uma das formações governantes no país, tem uma postura semelhante, considerando que a República Tcheca não precisa de bases militares estrangeiras, em particular, das americanas.

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O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, durante a campanha presidencial exortou à instalação do escudo antimísseis dos EUA na República Tcheca e na Polônia.

A primeira infraestrutura do escudo antimísseis dos EUA no Leste da Europa, o sistema americano Aegis Ashore, entrou em serviço em meados de maio de 2016 na base romena de Deveselu, a uns 600 km a oeste da península de Crimeia.

Os EUA planejam construir até 2018 outra infraestrutura similar com radares e mísseis interceptores na Polônia, na base de Redzikowo, a uns 180 km do enclave russo de Kaliningrado.

Entretanto, as sanções da União Europeia contra a Rússia são uma ferramenta pouco construtiva que só prejudica a situação da gente comum, declarou o embaixador.

"A minha opinião pessoal é que as sanções não são construtivas em princípio (…), a única consequência das sanções é a deterioração da situação das pessoas comuns", acredita o diplomata.

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A título de exemplo, ele recordou as sanções americanas contra Cuba com as quais Washington "praticamente não ganhou nada em quase meio século".

Remek lembrou ainda que a embaixada tcheca está preparando uma visita do presidente Milos Zeman à Rússia.

"Espero muito que essa visita possa contribuir para melhorar o entendimento mútuo", destacou.

Ao mesmo tempo, quanto às relações entra a Rússia e a UE, o diplomata duvida que a situação venha a melhorar repentinamente num futuro próximo.

A relações entre Moscou e o Ocidente pioraram por causa da situação em torno da Ucrânia, particularmente devido à adesão da Crimeia à Rússia após um referendo realizado em maio de 2014 em que mais de 96 por cento dos votantes apoiaram essa opção.

Além disso, na opinião do embaixador, o abastecimento de gás à Europa através da Ucrânia deve se manter a fim de defender a segurança energética da União Europeia. Em 2015, a Ucrânia renunciou a comprar o gás russo ainda que siga atuando como país de trânsito.

O projeto do novo gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) prevê a criação de uma rede de dois ductos de gás com capacidade para 55 bilhões de metros cúbicos anuais, que se estenderiam desde a costa russa até à Alemanha pelo fundo do mar Báltico.

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