"A partir deste evento, nos transformaremos em um novo grupo exclusivamente político que realizará sua atividade por meios legais", disse o líder das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, aos participantes do congresso.
"Temos diante de nós muitos desafios e muitas dificuldades", disse Londono. "Nada é fácil na política". Melhorias nas condições das zonas rurais serão uma prioridade, disse o novo líder político.
A expectativa é de que seja definida a plataforma política do grupo para as eleições presidenciais e legislativas previstas para 2018.
"Eu acho que as FARC tentarão uma consolidação regional, usando a presença e a influência que têm em certas províncias", disse Catalina Jimenez, professora de ciência política da Universidade Externado. "A nível nacional, eles precisam de uma grande quantidade de votos que ainda não têm."
A ex-guerrilha entregou 8 mil armas à missão da Organização das Nações Unidas (ONU) que acompanhou o processo. Entretanto, a transição não ocorreu sem atritos. O governo questiona a lista de ativos de US$ de 324 milhões entregue pelas FARC e afirmou que irá formar uma comissão para apurar se o grupo foi transparente sobre os bens que acumulou na ilegalidade.