Há milhares de anos, as cavernas (agora inundadas) da Península de Iucatã serviram de passagens para os seres humanos e animais do último período glaciar. No entanto, muitas criaturas infelizes acabaram mortas por terem caído no fundo de Hoyo Negro.
Cenote #HoyoNegro, la huella del Pleistoceno en #Tulum#QuintanaRoo Mágico #Turismohttps://t.co/kh98TAE5zQ pic.twitter.com/M5sk8HoywI
— ElQuintanaRooMX (@ElQuintanaRooMx) 28 de janeiro de 2017
Os cientistas mergulharam no fundo da caverna e extraíram restos arqueológicos de várias espécies da época do Pleistoceno. Os restos encontrados datam de há aproximadamente 13 mil anos.
así de espectacular la cueva subterránea al norte de #Tulum llamada el #HoyoNegro pic.twitter.com/FaXpNmf7P7
— Juan Vázquez Romero (@juvazrom) 19 de maio de 2014
O grupo conseguiu recuperar os restos de três ursos-beiçudos gigantes (incluindo uma espécie completamente nova), ursos-de-face-curta, leões da montanha, tigres-dente-de-sabre, um gonfotério (parente do elefante), tapires e mesmo um ser humano.
"A preservação dos materiais fósseis é extraordinária e nos permitirá reconstruir vários aspetos da anatomia, das relações evolutivas e do comportamento [dos seres vivos da época]. A diversidade da fauna nos mostra uma imagem nova e emocionante dessa região no meio de uma rápida alteração climática e ambiental", explicou Blaine Schubert, um dos pesquisadores do projeto, ao portal PhysOrg.
Schubert apresentou as conclusões das pesquisas na reunião anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, realizada em Calgary, Canadá, em 17 de agosto de 2017.