"Assistimos a uma participação ativa dos militares e dos serviços de informações turcos. A Turquia não está interessada em que o Exército Árabe Sírio tome a província sob seu controle. Ela levou 5 anos a se fortificar nesta cidade", acrescentou o analista político Kamal Jafa à Sputnik Árabe comentando a situação da ofensiva em Idlib.
De acordo com ele, tanto a Turquia, como a coalizão internacional não atacam premeditadamente os 50 mil militantes estrangeiros que combatem em Idlib, porque estas pessoas estão coordenando suas ações com representantes dos serviços secretos turcos.
Além destes terroristas, também operam grupos controlados pelo Qatar e Arábia Saudita, muitos países estão competindo entre si, afirmou Kamal Jafa.
"Em Raqqa está decorrendo uma luta complicada que envolve um grande número de participantes. Primeiro, é a luta entre as Forças Democráticas da Síria (FDS), que são apoiadas pelos EUA, e o Daesh […] Segundo, é o conflito interno nas FDS, que são uma aliança entre árabes e curdos", informou Haitam Hassoum.
De acordo com ele, na Síria estão competindo o Exército Árabe da Síria e seus aliados com as Forças Democráticas da Síria, apoiadas pelos EUA. Todos querem ser os primeiros a entrar em Raqqa e Deir ez-Zor.
"Segundo a minha opinião, o Exército Árabe da Síria e seus aliados têm a vantagem. Por quê? Por que de fato ele se aproximou de Dei ez-Zor vindo de três direções com várias unidades já na cidade", frisou Haitam Hassoum à Sputnik Árabe.
Ele precisou também que o Exército Árabe da Síria bloqueou a província de Raqqa de três lados, fechando a rota Raqqa-Deir ez-Zor aos militantes. Por isso, de acordo com ele, os EUA e os grupos apoiados por eles parecem estar em uma situação complicada.