Hua declarou que "o diálogo e as conversações pacíficas" são "a única maneira" de diminuir as tensões na península. Suas palavras contrastam com as do primeiro- ministro japonês, Shinzo Abe, que anteriormente declarou ter firmado acordo com Donald Trump para aumentar a pressão contra a Coreia do Norte, depois do lançamento de um míssil de Pyongyang que sobrevoou o arquipélago japonês. Abe solicitou também "uma reunião de urgência na ONU".
"EUA já realizaram tantos exercícios!", exclamou Hua antes de perguntar de uma maneira retórica se essas demonstrações de poder contribuíram para resolver a crise norte-coreana. Os exercícios militares, aos quais se referiu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, são os exercícios anuais Ulchi-Freedom Guardian, que estão sendo realizados pelos EUA e pela Coreia do Sul – e que serão encerrados no dia 31 de agosto – na península.
Na semana passada, Moscou também expressou a mesma visão, quando a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova chamou a atenção de todas as partes envolvidas na crise da península da Coreia para reduzir suas atividades militares. "É essencial retomar o processo de negociação, mas primeiro é necessário reduzir a atividade militar na região", disse a diplomata.
O míssil balístico lançado pela Coreia do Norte na madrugada da terça-feira (29) teve um alcance de cerca de 2.700 quilômetros e atingiu 550 km de altitude. Partiu da região de Sunan, que fica perto de Pyongyang, às 05h57 (horário local), informaram os militares sul-coreanos.