Kirchner conquistou 3.229.194 votos, ante 3.208.870 de Bullrich – uma diferença de apenas 20.324 votos. A candidata ao Senado pelo partido Unidade Cidadã sai fortalecida do processo eleitoral que começou no último dia 13, no distrito mais importante e populoso da Argentina.
"É uma diferença muito pequena, uma diferença mínima, uma diferença sem precedentes", explicou o diretor nacional eleitoral, Fernando Alvarez, a uma rádio local.
O desfecho pegou setores do país de surpresa, já que pesquisas divulgadas no domingo apontavam que Bullrich, do partido Mudemos, comemoraram a vitória dele em Buenos Aires. Contudo, a mudança do resultado gerou denúncias de manipulação dos resultados por parte dos derrotados.
Quatrocentos fiscais e funcionários da Justiça argentina levaram a cabo uma revisão de 35.589 mesas eleitorais, a fim de colocar um ponto final nas discussões em torno da suposta manipulação dos resultados.
Passadas as primárias argentinas, os candidatos vencedores agora iniciam a corrida para a votação do dia 22 de outubro, quando um terço das cadeiras do Senado argentino serão renovadas. Na Câmara dos Deputados, quase metade dos assentos deverão ganhar novos ocupantes nesta eleição.
Para a atual base governista do presidente Mauricio Macri, cresce o temor de que Cristina Kirchner esteja se capitalizando eleitoralmente para tentar um retorno à Presidência da Argentina, em 2019. Ela conduziu o país entre 2007 e 2015 e, no ano passado, foi denunciada por corrupção.