"O povo sente que a situação vai piorar, por isso eu me atreveria a dizer que grande parte dos venezuelanos – por não dizer a maioria – sente que essas sanções de Trump contra algumas empresas e o governo vão cair na cabeça dos mais pobres que são os que mais estão sofrendo com o que o presidente Maduro chama de guerra econômica", apontou Rodríguez.
Segundo o jornalista, a oposição "tenta desviar a atenção dizendo que são medidas restritivas contra alguns funcionários apelidados de 'corruptos, mas evita mencionar que as diretivas de Washington colocam em cheque a PDVSA e suas filiais, 'as principais empresas do país, e as únicas que produzem divisas".
Nesse contexto, ele recordou que, desde a tomada de poder por Hugo Chávez nos finais dos anos 90, "os empresários declararam guerra contra o governo revolucionário" e os efeitos dessa postura vêm prejudicando a população que enfrenta as dificuldades para procurar alimentos e produtos de grande necessidade.
"Essas ações [anunciadas pelos Estados Unidos] têm piorado a difícil situação econômica que há na rua. Nos Andes venezuelanos as pessoas seguem fazendo fila para conseguir comida e buscando por serviços sociais que deem remédios do outro lado da fronteira para tentar resolver uma situação muito difícil", salientou.
Entre as pessoas contra quem se exigem "ações jurídicas", Rodríguez mencionou o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges; a ex-fiscal-geral, Luisa Ortega; o dirigente opositor Leopoldo Lopez e sua esposa; e o ex-prefeito do município de Chacao, Ramón Muchacho.
"A oposição demonstrou que, para tirar Nicolás Maduro do governo, estaria disposta a ir pedir favores ao diabo. Isso é o que está passando nesse momento e é por isso que as pessoas pedem ações concretas para o executivo" concluiu.