"As bombas da nova modificação da B61-12 estão desenhadas, entre outras coisas, para serem exibidas no território de vários países europeus da OTAN, e para serem posteriormente empregadas nas chamadas missões nucleares conjuntas, com a participação de pilotos de Estado não-nucleares da Aliança", disse Mikhail Ulyanov, diretor do departamento de assuntos de não-proliferação e controle de armamento do Ministério de Relações Exteriores russo.
De acordo com Ulyanov, a exibição da bomba "contradiz as obrigações do TNP".
Moscou argumenta também que a exibição da bomba por parte de Washington pode provocar a redução do princípio nuclear.
"A peculiaridade da nova modificação [da bomba] B61-12, segundo as estimativas dos próprios especialistas militares estadunidenses, consiste no fato de que ‘mais ética’ e ‘mais utilidade’, já que é mais precisa e, supostamente, causa consequências menos catastróficas à população civil. Assim, podemos concluir que a incorporação destas bombas, objetivamente, pode reduzir o princípio do uso de armas nucleares", destacou o diretor russo.
"Este é o principal efeito negativo da modernização em curso", complementou.
Os EUA conduziram ensaios de sua modernizada bomba nuclear B61-12 no estado americano de Nevada, no último dia 8 de agosto. A B-61-12 é uma modificação da bomba nuclear B61, e seus testes começaram em 2015. Está prevista a produção em série desta arma comece em março de 2020.