Segundo os dados da agência, a rádio norte-coreana informou sobre a presença pessoal de Kim Jong-um durante os treinamentos acompanhados pelo teste do míssil balístico Hwasong-12, que teve lugar na madrugada de terça-feira (29).
Pyongyang testou um projétil que sobrevoou o Japão e 14 minutos depois caiu a 1.180 quilômetros do cabo de Erimo, na ilha de Hokkaido, em águas do Pacífico. O míssil percorreu 2,7 mil quilômetros.
"O atual teste de lançamento de um míssil balístico, aproximado à realidade, virou o primeiro passo tático militar de nosso exército no Pacífico", afirmou Kim Jong-un, citado pela agência.
O especialista militar Aleksei Leonkov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou as declarações de Pyongyang.
"Há um pouco de arrogância. Porém, ao mesmo tempo os norte-coreanos demonstraram que possuem mísseis de alcance médio capazes de carregar uma ogiva nuclear, e testaram-no com sucesso. Assustaram todo o mundo, mas avisaram que o possuem. Num prazo curto, é um importante passo em frente. A Coreia do Norte conseguiu obter tecnologias de produção de mísseis balísticos a partir do que tinham e montar modelos funcionais. Eles criaram uma base experimental, na qual testaram os estágios desses foguetes, isso foi transmitido largamente na internet", disse Aleksei Leonkov.
Segundo o perito, apesar da situação tensa, é difícil ela se transformar numa guerra nuclear.
"A probabilidade de tal cenário é muito baixa, porque as consequências até mesmo do uso local de munições potentes seriam dolorosas para todo mundo. Se for uma guerra de grande escala, não haverá vencedores. As autoridades atuais dos EUA falam com ligeireza sobre o uso de armas nucleares e não pensam nas consequências. Mas lá [nos EUA], ainda há pessoas com mente lúcida", assinalou Leonkov.