Na terça-feira, Pyongyang disparou o míssil balístico de médio alcance Hwasong-12. O secretário-chefe do gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse que o míssil balístico havia voado sobre a ilha do norte de Japão, Hokkaido, antes de cair no Oceano Pacífico, a 1.180 quilômetros a leste da ilha.
"O último lançamento de teste de um míssil balístico próximo da realidade tornou-se o primeiro passo tático-militar do nosso exército no Oceano Pacífico […] De agora em diante, é necessário realizar mais testes de mísseis balísticos sobre os alvos no Oceano Pacífico", disse Kim, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Kim também pediu ações mais ativas dos militares de Pyongyang na modernização dos mísseis e no aumento da força de ataque.
De acordo com o governo norte-coreano, o lançamento desta terça-feira foi uma resposta aos exercícios militares conjuntos que EUA e Coreia do Sul estão realizando na região. Os dois países dizem que são ações defensivas, enquanto Pyongyang afirma que se trata de simulações para uma invasão.
No início de agosto, a Coreia do Norte disse que estava considerando um ataque em uma área perto do território norte-americano de Guam, no Pacífico Ocidental. A ilha é o lar de várias instalações militares dos Estados Unidos, que vivem em clima de tensão com Pyongyang.
Apenas neste ano, a Coreia do Norte já realizou 13 lançamentos de mísseis, um número sem precedentes na história do país asiático. Há a expectativa que nas próximas semanas um novo teste nuclear – o sexto na história – seja levado a cabo pelos norte-coreanos, que trabalham para desenvolver mísseis capazes de levar ogivas nucleares e atingir os EUA.