Cristina Kirchner denuncia manipulação eleitoral e relança campanha ao Senado argentino

© AP Photo / Daniel LunaEx-presidente da Argentina Cristina Kirchner
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A ex-presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015) relançou sua campanha ao Senado criticando as irregularidades e os atrasos ao anunciar os resultados das primárias de 13 de agosto na província de Buenos Aires.

"Nós descobrimos modificações, falsificações em telegramas, mesas fraudadas, presidentes de mesa que eram simpatizantes do governo", disse Fernández para uma multidão entusiasmada no Athletic Club da cidade de La Plata, capital da província pela qual a ex-mandatária é candidata nas eleições de outubro.

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A candidata da Unidade Cidadã acrescentou que "em outubro reiteraremos todos os pedidos que fizemos ao sistema de justiça eleitoral e que não foram concedidos [por exemplo a] auditoria do software ao qual os dados são inseridos, porque agora percebo porque eles queriam tanto a votação eletrônica".

Kirchner obteve 3.229.194 votos, enquanto o candidato da aliança governante Cambiemos, Esteban Bullrich, obteve 3.208.870 votos, uma diferença de 20.324 votos, de acordo com a contagem final que só apareceu na terça-feira.

"O principal momento hoje é mostrar um registro de escrutínio definitivo, porque é a primeira vez na história que aquele que ganha no escrutínio provisório não ganhou no escrutínio final […]. Também é um sinal dos tempos na Argentina, o triunfo da verdade sobre mentiras e manipulação", afirmou a candidata, mostrando o documento.

O escrutínio final em Buenos Aires, o distrito mais importante e populoso do país, teve um atraso sem precedentes, já que as eleições primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias foram realizadas no domingo 13.

"Após 17 dias, os argentinos conheceram o resultado da ODEP: ganhou a Unidade Cidadã e perdeu o governo, que colocou esta eleição como um plebiscito para o ajuste econômico e social", afirmou.

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