Além disso, Washington e Seul reforçaram que é preciso trazer Pyongyang para a mesa de negociações.
Em uma ligação telefônica nesta sexta-feira, o presidente estadunidense Donald Trump conversou com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e concordou com o reforço nas capacidades balísticas de Seul, como uma forma de aumentar a defesa contra a Coreia do Norte.
"Os dois líderes observaram a necessidade de fortalecer as capacidades de defesa da República da Coreia para combater as provocações e ameaças da Coreia do Norte e chegaram a um acordo de princípio para revisar a 'diretriz do míssil', na medida em que o lado sul-coreano esperava", disse o porta-voz da Presidência sul-coreana, Park Soo-hyun, de acordo com a Yonhap.
Moon já havia pedido que limites para que os mísseis de Seul fossem afrouxados em uma conversa anterior com Trump. Atualmente, a Coreia do Sul tem permissão para possuir mísseis balísticos com uma faixa de 800 quilômetros e uma carga útil de 500 quilos, mas quer que o limite de peso seja aumentado para 1.000 quilos.
O Pentágono já disse que estava "ativamente" considerando a revisão.
Além disso, os pedidos também estão crescendo dentro da Coreia do Sul para que o país construa armas nucleares próprias, a fim de se defender enquanto o arsenal de mísseis da Coreia do Norte com armas nucleares com os Estados Unidos aumenta. Por ora, a gestão Moon descarta tais planos.
Os dois presidentes concordaram ainda em prosseguir com a pressão máxima e com sanções para trazer Pyongyang para o diálogo – estratégia que até o momento não apresentou resultados positivos, já que a Coreia do Norte vem fazendo uma série de testes balísticos neste ano, incluindo dois deles com mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês).