Reportagem do jornal Korea Herald desta segunda-feira aponta que 2 milhões de pessoas morreriam instantaneamente e edificações seriam varridas da capital sul-coreana, segundo simulações feitas por especialistas.
Em 2010, um grupo de estudiosos da Corporação Rand estimou que uma explosão nuclear de 10 quilotons em Seul causaram 235 mil mortes. No mesmo relatório, estimou-se que 1,34 milhão de vítimas de tal ataque ficariam sem um leito hospitalar, com o colapso da rede de saúde local.
Cinco anos antes, a Agência de Redução e Defesa contra Ameaças – vinculada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos – afirmou que, segundo previsões, uma bomba atômica de 20 quilotons mataria 1,13 milhão de pessoas na cidade.
Em outra estimativa, datada de 1998, o Departamento de Estado dos Estados Unidos destacou que uma explosão nuclear de 15 quilotons em Seul eliminaria todos os edifícios em um raio de 150 metros, e qualquer pessoa dentro de um raio de 1,5 quilômetros sofreria queimaduras de terceiro grau em todo o corpo.
O Instituto Coreano de Análises de Defesa também realizou simulações acerca de um ataque nuclear contra Seul, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Todas as simulações feitas até hoje desenham um cenário cada vez mais possível, sobretudo após o sexto teste nuclear da história da Coreia do Norte, conduzido no domingo. Em um comunicado, Pyongyang informou que se trataria de uma bomba de hidrogênio.
"[Trata-se de] uma bomba nuclear termonuclear multifuncional com grande poder destrutivo que pode ser detonada, mesmo em altitudes elevadas, para ataques super poderosos de pulso eletromagnético de acordo com objetivos estratégicos", informou o governo norte-coreano.