Issa Amro foi preso ontem, em Hebron, na Cisjordânia, depois de escrever em seu Facebook um texto de protesto contra a prisão de um jornalista que havia pedido a renúncia de Abbas. Sua detenção foi fortemente criticada por grupos internacionais de defesa dos direitos humanos, incluindo a Comissão Independente de Direitos Humanos da Palestina e a Anistia Internacional, que descreveu a medida como um ataque à liberdade de expressão.
Alarming news: human rights activist @Issaamro was arrested today by Palestinian security forces over Facebook posts https://t.co/Xh7dCrr7Q5 pic.twitter.com/bumlYZN8hM
— AmnestyInternational (@amnesty) 4 de setembro de 2017
"Notícias alarmantes: ativista dos direitos humanos Issa Amro foi detido hoje por forças de segurança palestinas por posts no Facebook."
Amro, de 35 anos, é fundador da Juventude Contra Assentamentos, organização que documenta uma série de abusos cometidos por militares e colonos israelenses nos territórios ocupados. Por conta do seu ativismo, ele já responde por acusações em Israel. De acordo com o seu irmão, Ahmad Amro, a greve de fome iniciada hoje é uma forma de protestar contra uma violação cometida pelas autoridades palestinas, que o detiveram sem um mandato e sem respeitar qualquer trâmite legal.
"Ele está detido há mais de 24 horas sem ter sido apresentado a um promotor e sem acusações formais", disse Ahmad, citado pela Associated Press.
Já o advogado de Issa, Farid al-Atrash, declarou que "é uma vergonha para a Autoridade Palestina prender um forte ativista contra os assentamentos e as agressões [israelenses] em Hebron".
Em Israel, o ativista enfrenta acusações em uma corte militar por supostamente convocar protestos ilegais e obstruir o serviço de soldados das Forças de Defesa.