Na segunda-feira, o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, fundador da revista digital The Intercept, comentou elogios que Bolsonaro recebeu do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O democrata disse que o ex-capitão do Exército "é muito competente".
Rodrigo Maia elogia o Jair Bolsonaro https://t.co/4bWng1jaUi pic.twitter.com/t1r2BiZNl1
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 4 de setembro de 2017
Respondendo a um internauta, Greenwald chamou Bolsonaro de "cretino fascista, por razões que nada tem a ver com os elogios de Maia". A referência do jornalista diz respeito ao fato do presidenciável defender a ditadura militar e possuir posições polêmicas contra minorias.
Bolsonaro is a fascist cretin for reasons having nothing to do with Maia's praise. This reflects poorly on Maia, not Bolsonaro.
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 4 de setembro de 2017
Bolsonaro tomou ciência da discussão em torno do seu nome e atacou o jornalista, fazendo o que considerou uma piada com a orientação sexual de Greenwald, que é casado com o também jornalista brasileiro David Miranda.
Com a frase 'burn the donut', o deputado fez alusão ao sexo anal entre homossexuais, dizendo em seguida: "Não me preocupa. Seja feliz! Abraços!".
Brazil's fascist Congressman & 2018 presidential candidate responds to my critique w/a noble reference to gay anal sex, always on his mind pic.twitter.com/GbnI7kmOEV
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 4 de setembro de 2017
O jornalista então resgatou uma entrevista de Bolsonaro, dada a David Miranda em 2015, na qual o parlamentar criticava o interesse de casais homossexuais em adotar crianças. "Se você quer um bebê, porque não procura uma barriga de aluguel?", emendando em seguida: "Não se preocupe, logo os homossexuais poderão ter um útero implantado e então poderão ter um bebê".
When @davidmirandario interviewed @JairBolsonaro in 2015 about his opposition to gay adoptions, he said: https://t.co/fEn2XasS8Y pic.twitter.com/1ChyjWsv3r
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 4 de setembro de 2017
Além de defensor da ditadura e da tortura no Brasil, Bolsonaro se envolveu em polêmicas com relação a negros, índios e mulheres. Recentemente, foi condenado pela Justiça por declarações ofensivas contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), a qual o deputado disse que não estupraria por ser "muito feia".