Um estudo da entidade financeira Barclays indicou que os prejuízos que o Irma causará no estado da Flórida (EUA) poderiam ser os maiores da história estadunidense, "provavelmente o equivalente ao furacão Katrina", este um dos mais fortes já registrados no país.
"Pela magnitude potencial deste furacão e o possível impacto em uma zona altamente povoada", os danos em bens assegurados que o Irma causará na Flórida "poderão ser os maiores jamais sofridos nos EUA", escreveu Jay Gelb, diretor-gerente do setor de seguros da Barclays.
Assim, "o pior cenário” aponta para prejuízos “de US$ 125 bilhões a US$ 300 bilhões", montantes semelhantes ao que um furacão causou em Miami em 1926. A título de comparação, o Katrina causou prejuízos de US$ 50 bilhões nos EUA há 12 anos.
Nesta terça-feira, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) aumentou de 4 para 5 a categoria do furacão Irma, tornando o fenômeno meteorológico como o mais forte já observado fora do Caribe e no Golfo do México.
Os ventos do Irma já alcançam velocidades de até 297 km/h, e a tormenta se move a oeste a uma velocidade de 22 km/h.
Anteriormente, o furacão Allen alcançou ventos de 305 km/h, em 1980, na mesma região do Atlântico, enquanto o Wilma (2005), Gilberto (1988) e o Chaves da Flórida (1935) atingiram 297 km/h. A diferença, segundo o NHC, é que eles se formaram nas águas mais quentes do mar do Caribe ou do Golfo do México, algo que não aconteceu com o Irma.
Evacuações
Autoridades da Flórida já projetam o início das evacuações de moradores e turistas a partir desta quarta-feira. Prédios governamentais, parques e escolas deverão ser fechados nos municípios mais ao sul do estado norte-americano.
O governador Rick Scott ativou 100 efetivos da Guarda Nacional da Flórida, e outros 7.000 deverão se apresentar nesta quinta-feira.