Nesta terça-feira, 5, a Casa Branca revogou o programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA), criado por Obama em 2012, que impedia a deportação de centenas de milhares de imigrantes que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças. Segundo Trump, no lugar do DACA, seu governo fará reformas reais e justas no sistema de imigração, fortalecendo a segurança nacional e melhorando a vida dos cidadãos americanos.
"A imigração pode ser um tema controverso. Todos queremos fronteiras seguras e uma economia dinâmica, e as pessoas de boa vontade podem ter desentendimentos legítimos sobre como consertar nosso sistema de imigração para que todos joguem segundo regras. Mas não é sobre isso a ação tomada hoje pela Casa Branca", escreveu o ex-presidente, explicando que a única coisa que diferencia muitos dos cidadãos beneficiados pelo seu programa dos demais americanos é um papel, um documento dizendo que eles também são americanos.
Segundo Obama, a decisão tomada por Trump foi política, mas também uma questão de moral. Para ele, independente das preocupações dos norte-americanos com a imigração, é errado ameaçar o futuro de jovens que estão no país porque foram levados para lá por seus responsáveis e que, de forma alguma, apresentam riscos para aqueles que nasceram em solo americano.
"Atingir esses jovens é errado, porque eles não fizeram nada de errado. É autodestrutivo, porque eles querem começar novos negócios, trabalhar em nossos laboratórios, servir em nossas forças militares e, de outra forma, contribuir para o país que amamos. E é cruel", afirmou. "Por último, trata-se de decência básica. É sobre se somos um povo que chuta jovens trabalhadores esperançosos da América ou se os tratamos da maneira que queremos que nossos próprios filhos sejam tratados. É sobre quem somos como pessoas e quem queremos ser."