"Não estamos planejando atacar ninguém. Em termos de como serão as manobras — convidamos quase todos os que quiserem participar. Deixe-os vir e assistir", afirmou Lukashenko em uma reunião com funcionários de segurança dedicados aos exercícios, que acontecerão entre os dias 14 e 20 de setembro.
A OTAN, a ONU, a OSCE e outros países foram convidados a acompanhar uma parte ou todos os exercícios.
"Eu também quero avisá-los: parem de pedir desculpas por esses exercícios defensivos. Se o grupo de forças regionais russo-bielorrusso existe — e sua existência não é um segredo —, então devemos ensiná-lo a fazer guerra. Por precaução", disse Lukashenko aos seus generais.
Os exercícios envolverão 13 mil soldados, 70 aeronaves e quase 700 veículos terrestres, e ocorrerão predominantemente na Bielorrússia e em três faixas de testes russas.
"O Zapad 2017 é a manobra militar mais importante realizada pelo Exército neste ano. Os preparativos deles estão entrando na fase final", disse o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, durante uma entrevista coletiva em Moscou, observando que 18 exercícios separados foram conduzidos pelo exército russo desde maio.
Críticas
A Polônia expressou "dúvidas e medos" sobre os exercícios, alegando que a Rússia poderia usar mais do que o número declarado de tropas, e que elas poderiam maquiar um possível deslocamento permanente de equipamentos ofensivos para o oeste da fronteira da Bielorrússia com a OTAN.
A Ucrânia também implantou forças adicionais em sua fronteira com a Rússia e com a Bielorrússia antes dos exercícios. Houve até especulações em Kiev de que as manobras seriam precursoras de uma invasão em grande escala.
"Infelizmente, os estados vizinhos estão tomando medidas inadequadas, e isso está contribuindo para o aumento das tensões", disse Stanislav Zas, secretário do Conselho de Segurança da Bielorrússia, aos jornalistas em Minsk na terça-feira. "Eu acho que esses exercícios serão realizados com sucesso e sem incidentes, e toda a histeria será esquecida".
A Rússia também enfatizou anteriormente que as manobras são de "uma natureza estritamente defensiva".