Para Drian, as dúvidas levantadas nos últimos meses pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quanto aos termos do compromisso são as causas do desconforto.
"O acordo que foi aprovado há dois anos permite ao Irã desistir de uma arma nuclear e evitar a proliferação. Temos que garantir esta posição", destacou o ministro francês, em uma visita à Universidade Science-Po, em Paris.
Crítico antigo do acordo nuclear fechado com Teerã em 2015, por um grupo de nações europeias e pelo presidente estadunidense Barack Obama, Trump acusa o Irã de apoiar o terrorismo e fomentar a instabilidade na região.
Contudo, pelo escopo do documento firmado entre as partes, sanções não podem ser impostas ao governo iraniano se ele estiver cumprindo a sua parte: não desenvolver armas nucleares.
"Estou preocupado neste momento na posição do presidente Trump, que poderia pôr em causa este acordo. E se este acordo for posto em questão, as vozes no Irã virão a público para dizer: ‘Vamos também ter uma arma nuclear’. Estamos em uma espiral extremamente perigosa para o mundo", afirmou Drian.
Em Teerã, o governo vem subnindo o tom contra a Casa Branca, ameaçando retomar os seus planos armamentistas em caso de quebra do acordo.