Segundo a revista National Geographic, furacões são tempestades tropicais e subtropicais geradas no Atlântico ou no nordeste do Pacífico. Estes fenômenos receberam seu nome do deus do mal que dominou o mar do Caribe.
Precedido por Harvey e sucedido por José e Katia, Irma é o terceiro furacão da temporada ciclônica no litoral atlântico. Já foi relatada a morte de três pessoas devido ao Irma.
São piores?
Diante dos danos numerosos e das perdas humanas e materiais provocadas pelos furacões, os cientistas tentaram esboçar teorias quanto ao nível de destruição e frequência dos furacões atuais em comparação com os antigos.
Como assinala a edição mexicana La Jornada, o século atual já foi marcado pelo dobro de furacões em comparação ao século passado, enquanto Irma é "um evento sem precedentes, histórico em termos de magnitude e intensidade", segundo a meteorologista Ada Monzón, citada pelo jornal porto-riquenho El Nuevo Día.
A organização explica que os furacões são "o mecanismo da Terra, utilizado para repartir o excesso do calor dos trópicos para as zonas mais frias".
São mais frequentes?
De acordo com a organização Troposfera, desde 1995 existe um ciclo de maior atividade, similar ao ocorrido entre os anos 40 e 70.
Em 2005, foram registrados 28 ciclones e 14 furacões – esses números bateram recordes.
Os especialistas consideram que estes ciclos de maior atividade de furacões acontecem devido ao movimento das grandes correntes oceânicas.
O especialista norte-americano em ciência atmosférica, Greg Holland, concluiu que o aumento desses fenômenos naturais "está relacionado com o aquecimento global e o efeito estufa", informa La Jornada.
Enquanto isso, o meteorologista norte-americano, citado pela edição Skeptical Science, Christofer Landsea, acredita que, um maior monitoramento de tempestades aumenta a probabilidade de sua detecção, o que faz com que seu registro cresça.
São mais intensos?
Kerry estudou a intensidade e duração de 500 tempestades no Atlântico e de outras 800 no Pacífico que ocorreram entre os anos de 1950 e 2004.
Ele concluiu que, na medida em há mais temperaturas, surgem furacões da categoria 4 e 5 com mais frequência.
Opiniões contra
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês) acredita que o aumento de furacões estaria relacionado a ciclos naturais normais, ressalta La Jornada.
No entanto, os pesquisadores Greg Holland e Peter Webster destacam, em um relatório publicado no Philosophical Transactions of the Royal Society, que a declaração da NOAA não corresponde a testes científicos.