A acusação foi feita ao Ministério Público Federal (MPF) pela ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, que afirma ter havido corrupção em contratos com cifras de até US$ 30 bilhões. Houve dinheiro do BNDES em 11 obras e algumas delas estão paralisadas ou construídas parcialmente, diz Luisa.
Já o BNDES diz que foram repassados à Odebrecht o equivalente a US$ 13,5 bilhões para execução de 47 projetos, dos quais 25 estão suspensos.
"A partir de 2015, começa-se a ter um quadro mais claro da atuação de grandes empresas como a Odebrecht, no Brasil e no exterior, para alcançar seus objetivos e realizar grandes obras de engenharia no Brasil e no exterior. A Venezuela é um desses países e o Peru também — para ficar em apenas dois exemplos da América Latina. Além disso, a empresa também usou seus métodos na África", afirmou o cientista político e professor da PUC-RJ Ricardo Ismael.
Ismael também disse que até 2015, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) obrigou o BNDES a divulgar mais informações sobre seus empréstimos, a instituição era uma "caixa preta" e que agora as informações estão começando a surgir.