Em 1205, Lorenzo da Fanella acidentalmente matou um homem e se refugiou numa caverna, onde permaneceu nos 34 anos seguintes para expiar seus pecados. Em 1244, sua história foi registrada em um pergaminho, que está agora sendo estudado e onde "foram encontrados micróbios marinhos", um fenômeno que foi "absolutamente surpreendente", confessou Migliore.
Durante séculos, na pele dos animais a partir da qual eram feitos os pergaminhos era acrescentado sal marinho para evitar sua decomposição, porém, algumas halobactérias resistiram a esse processo e, como "elas precisam de luz para crescer", as partes mais danificadas foram "as partes mais iluminadas do documento, ou seja, a primeira e a última parte do rolo, bem como as margens", apontou a diretora da investigação.
Este processo e a alta umidade do Castelo de Sant'Angelo de Roma, onde o texto foi encontrado, causaram manchas de cor púrpura. A descoberta desse processo de deterioração contribuirá para desenvolver melhores procedimentos de restauração e manutenção de outros pergaminhos antigos.