"É muito provável que o Daesh e a Al-Qaeda se juntem novamente e talvez até realizem ações em conjunto", declarou Kerchove ao jornal Welt am Sonntag.
Ele destacou que os motivos, que provocaram o racha entre esses grupos terroristas, perderam a sua importância para os militantes.
"O primeiro motivo era a inimizade pessoal entre o líder do Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, supostamente morto, e o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. O último está muito velho e, possivelmente, não desempenha um papel importante [na organização]", disse Kerchove.
Kerchove explicou que para Al-Qaeda o "califado" era um projeto de longo prazo. O Daesh, por outro lado, pretendia construir o seu "Estado" em tempo mais breve possível.
Além disso, o interlocutor do Welt am Sonntag revelou que o filho de Osama bin Laden, Hamza bin Laden está se tornando cada vez mais importante na Al-Qaeda. "Sua retórica em relação ao Daesh é muito menos agressiva e, provavelmente, o seu objetivo consiste na reaproximação das duas organizações", concluiu o político.