As sugestões fazem parte de um relatório elaborado pelo comitê consultivo do Conselho de Direitos Humanos do órgão e serão votadas pelo colegiado, informou o jornal O Estado de S. Paulo.
A corrupção impacta "na mortalidade infantil, na sorte de Estados e populações inteiras mais do que outros índices que consideramos alarmantes, como a questão da criminalidade, das guerras e dos conflitos", diz Menezes em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil.
O professor de direito internacional da USP destaca que a corrupção "não é um mal da América Latina, da África, ela atinge o mundo todo" e que "precisamos adotar políticas mais rígidas [contra a corrupção], se é que nossa sociedade quer isso".
Bancos
"O papel dos bancos como facilitadores da lavagem de dinheiro e corrupção com frequência não é notado", diz o texto do relatório.
Em outro trecho, o texto do organismo internacional afirma que os bancos suíços agiam com "completa impunidade" e que o país europeu mudou sua legislação para combater a situação; ainda assim, a "impunidade judicial" continua.
Cerca de US$ 200 milhões ligados à corrupção que estavam em instituições financeiras do país europeu foram enviados para o Brasil.
"Sempre que podem, nossos bancos fazem muito. Eu estaria feliz se todos os bancos do mundo fizessem isso. Temos um dos controles mais fortes do mundo", disse a presidente da Suíça.
Recomendações
"Repatriação incondicional de fundos ilícitos aos países de origem", punição aos bancos envolvidos em esquemas criminosos e sanções criminais são as recomendações trazidas pelo texto da ONU.